Realização de um teste, com recolha de sangue, que permite ter um resultado reativo ou não reativo, para a infeção VIH.
Realização de um teste, com recolha de sangue, que permite ter um resultado reativo ou não reativo, para a infeção VIH.
– O teste ao VIH pode ser realizado em laboratório ou através de testes rápidos;
– Para a maioria dos testes para o VIH, a colheita de sangue é feita pelo braço. Os resultados podem estar prontos em 48 horas ou em duas semanas, dependendo do laboratório;
– Alguns centros usam testes rápidos, que necessitam apenas de uma gota de sangue (picada no dedo) ou saliva. O resultado do teste é disponibilizado em alguns minutos (1 minuto a 30 minutos);
– Existem testes de 3ª e 4ª geração, a diferença é que os primeiros procuram anticorpos e os de 4a geração procuram também antigénios do vírus;
– O teste para o VIH é gratuito, voluntário e confidencial, quando realizado num CAD ou em centros de rastreios comunitários.
Fatores externos:
O teste ao VIH não é influenciado por fatores externos. O jejum antes do teste não é necessário. Medicamentos, vacinas, gripe ou constipação, consumo de álcool ou drogas recreativas, desinfetantes bucais ou mesmo a hora do teste, não afetam o resultado do teste.
Período de janela:
O período de tempo que decorre entre a infeção e o aparecimento de anticorpos ao VIH detetáveis é designado por “período de janela”.
Desde o momento da infeção, o corpo, geralmente, demora 2 a 4 semanas nos testes atuais de 4 geração através do antigénio P24 e até 12 semanas (três meses) nos testes de 3a geração a produzir anticorpos suficientes para serem detetados por um de rastreio ao VIH.
Ao fim das 4 semanas através do antigénio P24 ou 12 semanas através dos anticorpos, após a exposição, obtém-se o resultado confirmatório com a repetição do teste que deteta 99,9% das infeções.
O que se sente ao realizar o teste:
– Para quase todos, a realização de um teste ao VIH poder ser um momento de stress. Contudo, mas de 90% dos testes realizados em rastreios são negativos;
– O stress pode ser agravado, se existem sentimentos de culpa em relação à exposição ou à situação em si (ex: possibilidade de transmitir a outros, como parceiros);
– Além do stress do teste, muitas vezes é preciso esperar para um segundo teste aos três meses, o que em muitos casos leva a uma fragilidade psicológica. Em muitas circunstâncias, esta preocupação e stress podem provocar sintomas que as pessoas associam de imediato à infeção VIH;
– Nestes casos, solicite a ajuda de profissionais de saúde.
Resultados:
– O resultado será “Não reativo” (seronegativo para o VIH) ou “Reativo” (seropositivo para o VIH);
– Se o resultado é reativo, será disponibilizada referenciação para a consulta de infeciologia no hospital.
O resultado é confidencial. Não poderá ser dado a familiares, amigos, entidade laboral, governo ou autoridades para a imigração sem o seu consentimento.
– Por norma, deverá esperar quatro semanas para um teste de 4a geração, e oito semanas para um teste de 3a geração;
– Se o teste tiver um resultado negativo terá que ser confirmado com um segundo teste três meses após a situação de risco;
– Exemplo prático: Se tivermos uma relação a 1 de Abril, pode fazer o seu teste a 1 de Maio ou 1 de junho, sendo que deverá confirmar um resultado negativo com um segundo teste, três meses depois, ou seja, a 1 de julho.
Pode fazer o teste gratuitamente no centro de saúde, num dos vários Centros de Aconselhamento e Deteção (CAD) ou em centros de rastreio comunitários.
Consulte aqui a lista de centros de rastreio: https://positivo.org.pt/centros-de-deteccao-do-vih.html ou consulte o site da rede de rastreio: http://www.redederastreio.pt/organizacoesparticipantes
Receber um diagnóstico poderá ser um choque e uma notícia difícil de gerir. Contudo, no presente, a infeção VIH, sendo uma infeção crónica, tem um tratamento eficaz, possibilitando uma esperança média de vida e qualidade de vida semelhante a uma pessoa sem a infeção.
– É necessário tempo para que a pessoa possa lidar com a notícia;
– Se sentir necessidade, procure falar com um técnico de uma associação na área, com o seu médico, ou quem nos primeiros instantes for mais confortável para si;
– Na maioria dos casos, é importante atualizar ou procurar informação acerca da
infeção VIH. Se o fizer, procure que seja com o seu médico ou através de associações especializadas na infeção. Consulte o nosso separador de sites científicos;
– O apoio e a informação correta são fundamentais no processo e permitem uma melhor tomada de decisão em relação à sua saúde.
– Se fizer o teste num centro de rastreio, será encaminhado diretamente para um médico, no contexto hospitalar. No hospital, fará análises para confirmar o resultado;
– Se o resultado for transmitido pelo seu médico que solicitou o teste, este irá marcar uma consulta de Medicina Interna ou Infeciologia;
– Se receber o resultado na sua mão, através de um laboratório, deverá ir ao médico de família, para que este marque a consulta de infeciologia no hospital;
– O médico de família poderá encaminhá-lo para a consulta no hospital da sua área de residência, mas também é possível ser atendido em outros hospitais de outras zonas geográficas, através do Despacho n.o 5911-B/2016;
– Para esse feito deverá comunicar essa vontade ao médico e juntos podem escolher o hospital. Esta escolha tem em conta a sua preferência, critérios de proximidade geográfica e os tempos médios de resposta para uma primeira consulta de especialidade nas várias unidades hospitalares existentes;
– Pode consultar o Despacho n.o 5911-B/2016 aqui: https://dre.pt/application/file/74328049
– Na primeira consulta, irá conhecer o seu médico internista ou infeciologista e/ou a equipa que ficará responsável por si;
– O médico irá pedir análises de confirmação, bem como outros testes para o funcionamento do sistema imunitário;
– É importante que possa estar à vontade para esclarecer todas as duas dúvidas e Questões;
– Na primeira consulta, não irá começar logo o tratamento (terapêutica antirretroviral) pois o seu médico precisa dos valores das análises e testes que solicitou, para escolher a melhor linha terapêutica.