Em 2019, a Associação Positivo desenvolveu o projeto NutriVIHda, na sequência do Projeto VIHver, que surge a necessidade de desenvolver o serviço de nutrição de uma forma mais abrangente. Devido à TAR de Alta Potência em PVVS, para além das alterações metabólicas e morfológicas, tais como, a lipodistrofia, as dislipidémias e a resistência insulínica, outros fatores estão presentes em doentes seropositivos, como a obesidade, inflamação vascular e hipertensão, levando ao aumento do risco de desenvolverem doenças cardiovasculares prematuras e aterosclerose. No estudo de Kakinami et al. (2013) foi concluído que o risco de acontecimento de doenças cardiovasculares é maior em doentes infetados comparando com a população geral. A nutrição desempenha um papel fundamental no suporte da saúde dos PVVS.
É nesse sentido que surge a necessidade de acompanhar individualmente o perfil nutricional de cada PVVS, a curto e a longo prazo, com enfoque em orientações nutricionais que consciencializem e promovam as PVVS quanto a importância de manutenção de uma alimentação correta e equilibrada, a fim de permitir um regime terapêutico mais seguro dentro dos seus alcances metabólicos, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida.